terça-feira, 31 de março de 2009

Homem x máquina


O que é mais importante na F1? O piloto ou o carro? Ou ambos?

Alguns dirão que carro não é nada sem um bom piloto, no mínimo. Outros afirmarão que o carro é quem faz o vencedor, independentemente de quem ocupe o cockpit.

Fato é que dois pilotos totalmente desacreditados e que estavam a bordo de uma verdadeira cadeira elétrica ganharam (aparentemente) um carro do outro planeta. Jason Button e Rubens Barrichello despontam como francos favoritos ao título, a bordo da Brawn.

Aparentemente, aqueles que acham que o carro faz o piloto podem estar com a razão. Afinal, basta não ser um completo idiota que, se o carro for de ponta, as chances de vencer o mundial são grandes. Nigel Mansell (1992), Damon Hill (1996) e Jacques Villeneuve (1997) que o digam, isso só para ficar nos exemplos mais recentes (coincidência, os três pela Williams). E acredito que sem carro não dá para fazer milagres, salvo raras exceções ou combinação de fatores, como vimos ano passado com a vitória do Vettel em Monza.

Por outro lado, é inegável que um bom piloto tem mais recursos de pilotagem e pode fazer a diferença, tanto na hora da pressão quanto na luta por uma posição.

Dito isso, quero manifestar que não é o fato de Button e Barrichello estarem na frente nesse momento que os tornam pilotos geniais. Longe disso, são bons pilotos (ou não são idiotas, se preferirem). O problema é que se a Brawn permanecer na ponta, já veremos os jornais ingleses e brasileiros afirmando que são "gênios", "integram a galeria dos melhores de todos os tempos"... e não é por aí. Não será o título que mudará essa visão, ao menos para mim.

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